ISMAT 7997
Teoria da Arquitetura I
Arquitetura [ISMAT]
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ApresentaçãoPresentationEm termos etimológicos, teoria, do grego the¿ria ou the¿ros, significa olhar para, ver, contemplar, mas também, considerar, especular. É um ponto de vista, uma perspetiva sobre as coisas, a sua descrição e, claro, uma tentativa de as compreender, de lhes dar um sentido. Em termos gerais, teoria pode ser definida como modo de ver, compreender, explicar e clarificar eventos ou objetos. Teoria é também um modo de questionar pressupostos, as realidades presentes e o modo como o discurso se forma e mantém. Tem como tarefa dar sentido ao mundo e formar narrativas inteligíveis, orientando do particular para o universal através da abstração. É através da articulação entre o abstrato e o concreto, que faz com que a teoria tenha a capacidade de agir, em contraste, por exemplo, com a filosofia. É esta a capacidade que permite à teoria ser um instrumento de intervenção, e de mudança, num mundo em rápida transformação. Teoria é uma forma de pensamento e de ação.
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ProgramaProgrammeA UC é dividida em diferentes perguntas que procuram caracterizar e interrogar a definição e limites disciplinares. O que é teoria da arquitetura, arquitetura, arquiteto, disciplina, originalidade, história, obra, crítica, investigação, profissão, cânone e ensino serão algumas das questões orientadoras. Em simultâneo, para cada interrogação, um instrumento dissecante: teoria, tratado, desenho, discurso, ensaio, fotografia, manifesto, diagrama, projeto, narrativa e arquivo. Necessariamente, como suporte ao exercício de desmontagem, existe um conjunto de conteúdos e autores abordados. No entanto, a sua utilização, privilegiando diferentes geografias, géneros e culturas, não será tanto como conteúdo programático, mas como exemplos que comprovam ou desmentem determinadas posições, abordagens ou interpretações possíveis. Obviamente, dada a infinidade de respostas possíveis, que não se procura uma solução definitiva, ou mesmo um consenso, para cada questão.
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ObjectivosObjectivesPara que a teoria da arquitetura mantenha a sua relevância, ela deve manter seu significado histórico como observação (the¿ria) e teatro (theã). Enquanto o primeiro dá a quem observa uma certa agência sobre o objeto visto, o segundo transfere a agência para os meios (ou meio) de enquadramento, performance e/ou visualização. É neste sentido que se pretende que os alunos conheçam o leque de ferramentas ao dispor dos arquitetos. Que sejam capazes de ler, compreender, analisar e interpretar textos e imagens e, por sua vez, sejam capazes de traduzir por textos e imagens uma reflexão própria sobre determinado assunto. Pretende-se, também, que consigam discutir, debater e defender a sua posição através de um discurso articulado, bem argumentado e justificado, demonstrada através de exemplos consistentes, claros e objetivos, com uma estrutura de raciocínio coerente, lógica e rigorosa.
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BibliografiaBibliographyANDERSON, Chris, “The End of Theory: The Data Deluge Makes the Scientific Method Obsolete”, Wired June, 2008. AURELI, Pier Vittorio, “How We Became Architects”, The City as a Project, August 7, 2017. CARPO, Mario, Architecture in the Age of Printing: Orality, Writing, Typography and Printed Images in the History of Architectural Theory. Cambridge: MIT Press, 2001. COLOMINA, Beatriz, Manifesto Architecture: The Gost of Mies. Berlin: Sternberg Press, 2014. KOOLHAAS, Rem, MAU, Bruce, S,M,L,XL. New York: The Monacelli Press, 1995. LEACH, Neil, A Anestética da Arquitectura. Lisboa: Antígona , 2005 (1999). OCKMAN, Joan, “Slashed,” History/Theory. e-flux Architecture, October 27, 2017. RATTENBURY, Kester (ed.), This is Not Architecture: Media Constructions. London: Routledge, 2002. STEYERL, Hito, “In Defense of the Poor Image,” e-flux Journal 10. November, 2009. WIGLEY, Mark, “Story-Time”, Assemblage 27 (August 1995): 80-94.
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MetodologiaMethodologyDe acordo com o carácter reflexivo e exploratório da Unidade Curricular, os estudantes são chamados a participar em todas as aulas quer através de respostas mais diretas a perguntas concretas quer através de reflexões que emerjam da discussão em curso – daí que a presença nas aulas seja obrigatória. Far-se-á uso do discurso oral, do exercício da escrita e da fotografia, no intuito de capacitar o aluno com de instrumentos capazes de potenciar o juízo crítico e capacidade reflexiva relativamente às questões/temas debatidos ao longo do semestre. O acompanhamento dos exercícios pode ser individual ou coletiva.
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LínguaLanguagePortuguês
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TipoTypeSemestral
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ECTS4
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NaturezaNatureObrigatório
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EstágioInternshipNão