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ISMAT 7999

Teoria da Arquitetura II

Arquitetura [ISMAT]
  • ApresentaçãoPresentation
    Em termos etimológicos, teoria, do grego the¿ria ou the¿ros, significa olhar para, ver, contemplar, mas também, considerar, especular. É um ponto de vista, uma perspetiva sobre as coisas, a sua descrição e, claro, uma tentativa de as compreender, de lhes dar um sentido. Em termos gerais, teoria pode ser definida como modo de ver, compreender, explicar e clarificar eventos ou objetos. Teoria é também um modo de questionar pressupostos, as realidades presentes e o modo como o discurso se forma e mantém. Tem como tarefa dar sentido ao mundo e formar narrativas inteligíveis, orientando do particular para o universal através da abstração. É através da articulação entre o abstrato e o concreto, que faz com que a teoria tenha a capacidade de agir, em contraste, por exemplo, com a filosofia. É esta a capacidade que permite à teoria ser um instrumento de intervenção, e de mudança, num mundo em rápida transformação. Teoria é uma forma de pensamento e de ação.
  • ProgramaProgramme
    A UC é dividida em diferentes temas que caracterizam e interrogam os debates disciplinares contemporâneos. O conhecimento e o que o distingue da informação, o digital e a inteligência artificial, o humano e o pós-humano, o planeta e a natureza, em conjunto com a ideia da política, economia e a produção, serão alguns dos temas orientadores. Em simultâneo, para cada debate, um conjunto de obras e projetos que evidenciam a sua manifestação arquitetónica. Como suporte à discussão, existe um conjunto de conteúdos e autores que, privilegiando diferentes geografias, géneros, culturas e disciplinas, servirão como pontos de partida para a reflexão. Obviamente, dada a infinidade de respostas possíveis, que não se procura uma solução definitiva, ou mesmo um consenso, para cada questão. 
  • ObjectivosObjectives
    Para que a teoria da arquitetura mantenha a sua relevância, ela deve manter seu significado histórico como observação (the¿ria) e teatro (theã). Enquanto o primeiro dá a quem observa uma certa agência sobre o objeto visto, o segundo transfere a agência para os meios (ou meio) de enquadramento, performance e/ou visualização. Seja através do ensaio, da imagem, do projeto ou obra, a teoria é sempre uma resposta ao pensamento e à imaginação, que por sua vez, são sempre moldados por uma determinada perspetiva. Se pensamento e imaginação estão historicamente situados, a possibilidade de pensamento crítico em qualquer época depende do paradigma ou episteme pelo qual o ver e o pensar são constituídos. Deste modo, é possível ver a contingência do pensamento ao longo do tempo e, assim, arriscar novas formas de acomodar dos desafios futuros. Mais do que percorrer teorias mais ou menos estabelecidas pela tradição disciplinar, procura-se conhecer quais os grandes debates de hoje.
  • BibliografiaBibliography
    AURELI, Pier Vittorio, The Project of Autonomy: Politics and Architecture within and against Capitalism. New York, Princeton Architectural Press, 2008 BERARDI, Franco “Bifo”, “The Soul at Work,” in The Soul at Work: From Alienation to Autonomy. Los Angeles: Semiotext(e), 2009, 74-106 BRAIDOTTI, Rosi, The Posthuman. Cambridge: Polity, 2013 BROWN, Wendy, Undoing the Demos: Neoliberalism's Stealth Revolution. New York: Zone Books, 2015 HAN, Byung-Chul, Infocracia, Lisboa, Relógio D’Água, 2022 HARAWAY, Donna, O Manifesto Cyborgue. Lisboa: Orfeu Negro, 2022 MOUFFE, Chantal, “Politics and the Political,” in On the Political. New York: Routledge, 2005, 8-35 NANCY, Jean-Luc, Being Singular Plural. Stanford: Stanford University Press, 2000 STENGERS, Isabelle, “The Intrusion of Gaia” in In Catastrophic Times: Resisting the Coming Barbarism. Open Humanities Press, 2015, 43-51
  • MetodologiaMethodology
    De acordo com o carácter reflexivo e exploratório da Unidade Curricular, os estudantes são chamados a participar em todas as aulas quer através de respostas mais diretas a perguntas concretas quer através de reflexões decorrentes da discussão em curso. Far-se-á uso do discurso, do exercício da escrita e da construção de imagens, no intuito de capacitar o aluno com de instrumentos capazes de potenciar o juízo crítico e capacidade reflexiva relativamente às questões/temas debatidos ao longo do semestre. O acompanhamento dos exercícios e¿ individual.
  • LínguaLanguage
    Português
  • TipoType
    Semestral
  • ECTS
    4
  • NaturezaNature
    Obrigatório
  • EstágioInternship
    Não